Por quatro anos consecutivos, a Finlândia ficou entre os primeiros lugares no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que mede a qualidade de ensino (note que, em 2010, o Brasil ficou em 53º de 65 países). O cerne desta qualidade, segunda Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura daquele país, reside na valorização do professor.
Não há provas nacionais, escola em tempo integral, excesso de deveres para os alunos ou controle rígido do que e como o professor ensina. O professor pode, inclusive, criar o currículo e escolher livremente a metodologia. Mas para ser professor, não basta se auto-intitular, tem que possuir título de Mestrado, passar por treinamento e ter construído sólida formação.
A confiança que aquele país deposita em seus professores encontra resposta na qualidade do profissional, na sua formação e comprometimento.
O salário é recompensador também, na Finlândia: ganha-se, EM MÉDIA, R$ 8.000,00.
Uma orientação de trabalho, no entanto, parece-nos bastante coerente e responsável pelos bons resultados: o professor foca sua atenção nos alunos mais fracos, para que o sistema não os perca.
Um último dado: apenas 2% das escolas são particulares.
Conclui-se, portanto, que o “segredo” para o aprendizado eficiente reside no óbvio: professor eficiente.
Alice Soares
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