Ontem (09/03/2017), postamos no blog as mudanças aprovadas pelo Ministério da Educação – MEC, para o ENEM 2017.
Uma das alterações informadas é referente ao fim do ranking das escolas pelo ENEM, defendida pela presidente do INEP Maria Inês Fini ao afirmar que "O Enem não avalia escola, avalia o estudante e isso é só um dos muitos indicadores para poder avaliar uma escola".
Essa afirmação é um tanto estranha visto que, no caso do Exame Nacional de Desempenho do Estudante – ENADE, organizado e aplicado pelo mesmo INEP, as instituições de ensino superior podem, inclusive, ser descredenciadas, ou sofrerem sanções em seus cursos de graduação, em função do baixo desempenho de seus alunos.
Além disso, o equivocado discurso do governo enfatizando o ENEM e o SISU como ferramentas de democratização do acesso ao ensino superior público acabará tomando força, visto que não será possível, por meio do ENEM, comparar as escolas e observar o abismo de qualidade que existe entre elas, sejam públicas ou privadas.
O Ranking possui a função de mostrar quais instituições estão preparando melhor seus alunos para o exame. Não mostrar é esconder essa informação da sociedade.
Decidir se essa informação é relevante e o que fazer com ela é papel dos gestores escolares, educadores, pais de alunos e dos próprios alunos, que não podem ser privados dessa ferramenta de comparação.
Por essas e outras mantenho o questionamento postado ontem: a quem interessa esconder esses resultados?
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