O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, gerenciado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, mede o progresso de uma nação a partir das dimensões renda, saúde e educação.
Este índice foi criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, com o objetivo de oferecer um contraponto ao Produto Interno Bruto – PIB, dado que este índice avalia apenas o desenvolvimento econômico de um País.
O IDH é calculado a partir das informações obtidas no Censo, sendo este realizado de 10 em 10 anos. Conforme já informado anteriormente, o IDH é calculado a partir das dimensões renda, saúde e educação, sendo que:
Renda - é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de compra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência;
Saúde – é medida pela expectativa de vida em anos;
Educação - é medido por: i) média de anos de educação de adultos, que é o número médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; e ii) a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que uma criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança;
Para que gestores e pesquisadores pudessem fazer um controle da evolução desses indicadores, foi criado o Índice de Desenvolvimento Humano Médio – IDHM, sendo este calculado a partir das informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - PNAD. Os dados apresentados a seguir, são retirados do Radar IDHM que, nesta última edição, estabelece uma comparação da média dos valores de cada indicador no período de 2011 a 2014 em comparação aos resultados obtidos no período de 2000 a 2010.
Conforme podemos observar no gráfico ao lado (Fonte: www.atlasbrasil.org.br), todos os indicadores apresentaram um crescimento linear no período avaliado (2011 a 2014), porém, a uma taxa de crescimento inferior a observada no período de 2000 a 2010. No quadro a seguir, observamos que o IDH-M brasileiro apresenta o valor de 0,727 em 2010 e de 0,761 em 2014. Apresar do crescimento absoluto, a taxa de crescimento observada no período de 2000 a 2010 era de 1,7% ao ano, enquanto que a taxa média de crescimento no período de 2011 a 2014 foi de 1,0% ao ano.
Observando os subíndices que compõem o IDH, somente o indicador renda obteve, no período de 2011 a 2014, taxa média de crescimento superior ao observado entre 2000 e 2010.Também é fácil verificar que o subíndice que apresentou a maior queda na taxa média de crescimento foi o da educação, saindo de 3,4% ao ano para 1,5% ao ano.
Também é importante observar que a educação, embora sendo o índice com maior taxa média de crescimento é, historicamente, aquele que apresenta os menores valores absolutos. Ou seja, por mais que possamos entender que, com o passar dos anos e a evolução de um indicador, não é possível manter taxas de crescimentos extremamente elevadas, visto que a margem para crescimento fica cada vez menor, em especial no caso da educação, estamos observando valores que ainda apresentam muito espaço de crescimento.
É importante ainda ressaltar que esses indicadores são quantitativos e que, ao confrontarmos com indicadores que medem a qualidade da educação, os resultados são ainda piores.
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