Volta de 1500, antes da chegada dos “colonizadores” portugueses no Brasil, a população de índios era estimada em 5 milhões. Hoje, FUNAI e IBGE divergem em relação ao número correto de índios vivendo no Brasil. Para o IBGE esse número é de 896 mil, pois considera as auto-declarações registradas no Censo de 2010. Já para a FUNAI, que considera apenas os que vivem em reservas, esse número é de aproximadamente 358 mil.
Segundo relatório das Nações Unidas, essa população está dividida em 305 grupos indígenas, cujas principais etnias são: Ticuna, Guarani, Caiagangue ou Caigangue, Macuxi, Terena, Guajajara, Xavante, Ianomâmi, Pataxó, Potiguara. Embora com uma população bem reduzida, esses grupos indígenas estão presentes em 80% dos municípios brasileiros, buscando sobrevivência, manutenção de seus costumes e cultura, além da preservação de suas mais de 274 línguas.
Em recente relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas – ONU, “os desafios enfrentados por muitos povos indígenas do Brasil são enormes. As origens desses desafios incluem desde a histórica discriminação profundamente enraizada de natureza estrutural, manifestada na atual negligência e negação dos direitos dos povos indígenas, até os desdobramentos mais recentes associados às mudanças no cenário político”,
Segundo o mesmo relatório, além das disputas de terras envolvendo fazendeiros e grileiros, o tráfico de drogas e as grandes construções, tal como Belo Monte e Tapajós, representam grandes riscos para a população indígena.
Neste dia 19 de abril de 2017, tradicionalmente reconhecido como o “dia do índio”, embora esquecido por boa parte das escolas, convidamos o leitor a conhecer um pouco dos sons indígenas, registrados no Portal da Funai. São cânticos e orações que conseguiram sobreviver ao tempo e as violações do homem branco, que agora estão imortalizados com o auxílio da tecnologia.
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