Em outras publicações postadas em nosso blog, apresentamos alguns números da educação brasileira que, por si só, já seriam suficientes para comprovar a ineficácia das políticas públicas para a educação.
Em dados recentes apontados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – Pnad, cerca de 2.846.245 crianças e adolescentes, com idades entre 4 e 17 anos estão fora da escola.
Cabe destacar que a meta do governo, para 2016, era da universalização da educação básica. Ou seja, deveríamos ter 100% de nossas crianças e adolescentes na escola em 2016. Porém, os dados da Pnad apontam um quantitativo um pouco maior que 94%.
A maior parte desses alunos que estão fora da escola são adolescentes com idades entre 15 e 17 anos, totalizando 1.543.713. Alunos que deveriam estar cursando o nível médio, mas abandonaram os estudos, segundo especialistas, por conta de trabalho, sexo, drogas e violência.
Cabe destacar que a maior parte desses adolescentes (974.224), além de estarem fora da escola, também não estão trabalhando, dado que torna essa informação ainda mais preocupante.
Entre os motivos da evasão escolar ainda podemos incluir a falta de estímulos gerados pela própria escola e pela família. Esses, talvez, sejam os principais motivos que levam esses jovens a buscar o caminho das drogas e da criminalidade.
Reforço a necessidade de um repensar do papel social da escola e de uma maior aproximação com as famílias, buscando intervir no processo de formação plena desses alunos. A máxima de que educação se aprende em casa não serve mais para os tempos de hoje, pois as famílias, em função das exigências do modelo econômico e social em que vivemos, não estão presentes em casa para intervir na formação desses jovens, tal como ocorria no século passado.
Sem interferências externas, é comum que as famílias reproduzam seus costumes e experiências. Se antes, mesmo com a ausência dos país, os filhos poderiam ficar sob a vigilância dos avós, hoje nem isso ocorre, visto que presenciamos uma legião de “avós de 30 anos” que precisam estar no mercado de trabalho. Além, evidentemente, dos idosos que precisam se manter trabalhando para complementar a renda.
Precisamos estar cientes que esses jovens estão entregues a toda e qualquer influência negativa que poderá ser determinante para uma condenação a uma vida marginal e, até, à morte.
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