A antecipação da alfabetização para o segundo ano do ensino fundamental proposta pela Base Nacional Comum Curricular – BNCC, cuja terceira versão foi apresentada nesta última quinta (06/04/2017), gera grande polêmica entre especialistas da alfabetização.
Até a segunda versão do documento, a idade considerada como certa para a alfabetização era de oito anos, idade na qual os alunos, em geral, estão cursando o terceiro ano do ensino fundamental. Na terceira versão da Base, essa idade foi reduzida para sete anos.
Uma das justificativas dadas pela secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Casto, é de que nas escolas privadas isso já acontece. Particularmente, eu não sei em quais escolas particulares ela andou fazendo essa pesquisa, visto que, na maior parte dos casos, as crianças de escolas particulares não alcançam a alfabetização plena até o final do quarto ano.
Na maior parte das escolas privadas, encontramos profissionais mal remunerados e sem formação adequada para a alfabetização.
Cabe destacar ainda que o Brasil possui 27% de sua população, com idades entre 15 e 64 anos, analfabetos funcionais, ou seja, pessoas que, embora saibam ler e escrever, não conseguem compreender textos simples ou formular textos simples.
Para reflexão.
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